Coveiros de igrejas

     Quando pastor da PIB de Irajá, quase que uma vez por semana era frequentador assíduo do cemitério daquele bairro, acompanhando o sepultamento de algum membro ou familiar da igreja eu observava o trabalho dos coveiros “estes homens fizeram da morte sua rotina de vida. Para eles descer um esquife à cova e cobri-la de terra é apenas o seu meio de vida”. Quantas vezes, estes homens ouviram o testemunho de pessoas salvas por Jesus nas breves palavras proferidas por pastores a beira das sepulturas, mas isto também faz parte da sua rotina de trabalho, nunca soube que um deles tivesse aceitado a Cristo, será que o convívio com a morte torna a alma insensível ao amor de Jesus?  Com a mesma insensibilidade, com o mesmo sentido de uma rotina a cumprir pastores e líderes que matam o fervor missionário de uma igreja (...) estão cumprindo a lúgubre função de coveiros da igreja. Certa vez visitei uma igreja Batista na (2) Inglaterra. Ela se reunia em um belo templo para mais de 2 mil pessoas, mas naquele domingo pela manhã havia 32 pessoas presentes. Eu sabia que aquela igreja, um século antes, tinha sido uma poderosa agência missionária que lotava seu grande templo de crentes com grande fervor pela evangelização do mundo. No “culto” que participei não houve uma leitura da Bíblia, nem qualquer cântico. A mensagem do pastor foi sobre a entrada da Inglaterra no mercado comum Europeu e o apelo foi pela lealdade a rainha (...) senti um profundo pesar por ver uma igreja morta, perguntei a um missionário da Sociedade Batista Missionária, por que aquela igreja está morta? Ele respondeu, “Aquela igreja outrora tão viva morreu porque perdeu a sua visão missionária”. Vi a mesma coisa em Nova Jersey, onde um grande e lindo templo que antes abrigava uma igreja viva agora era uma danceteria. (...) Quer matar esta igreja? Sepulte o seu fervor missionário. Não motive a igreja para orar por missões e nem pregue sobre vocação missionária, esqueça as ofertas para missões. Pr. João Falcão Sobrinho.