terça-feira, 19 de junho de 2012

FELICIDADE COMEÇA COM FÉ

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       Viajando de São Paulo a Curitiba, sintonizei um programa evangélico cuja  qualidade me atraiu. Programa muito agradável, com leituras bíblicas acompanhadas de pequenas, mas profundas meditações, e leituras de trechos de livros evangélicos edificantes comunicados pela expressiva voz de duas apresentadoras.  Mas o que mais me atraiu foi o nome do programa: “Felicidade começa com fé”.    
     Percebi que a frase fazia um jogo de palavras para que a verdade fosse reforçada. Com um pouco de esforço notamos que a palavra “felicidade” começa com “fé”, especialmente se nosso sotaque pronunciar o “e” de forma aberta, como sendo um “é”.  Mas, mesmo que o sotaque não seja assim, a verdade teológica permanece: a felicidade só é possível com fé. A fé é o princípio da felicidade, é com ela que a felicidade começa.
      Esta verdade é declarada por Jesus em João 20.29: “Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram.”. A expressão “bem-aventurado”, quer dizer: feliz, abençoado, venturoso. Ela se refere a alguém que recebeu a graça de ser feliz, e de desfrutar da alegria. Neste versículo Jesus declara que felizes são os que crêem. Isto é, para ser feliz é preciso ter fé. Mas, que tipo de fé? Todas as pessoas têm fé, mas nem todas são felizes. O contexto do versículo nos indica qual é a fé que traz a felicidade, ele nos mostra o tipo de fé que inicia a felicidade.  

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      É a fé que não depende das evidências físicas. Neste capítulo temos o relato de três aparições pós-ressurreição de Jesus. Ele já havia aparecido para Maria Madalena e para um grupo dos discípulos, mas Tomé não estava neste grupo. Estes discípulos contaram para Tomé a alegre notícia: Nós vimos Jesus, Ele ressuscitou. Mas ele não acreditou no testemunho deles. Os discípulos repetiam a verdade da ressurreição de Cristo, e Tomé continuava exigindo as provas visíveis e tangíveis da ressurreição. Ele dizia de modo bem enfático: Nunca jamais crerei se não vir  (João 20.25).
      Por causa disso, Tomé não compartilhava a felicidade dos outros discípulos, ele recusava acreditar na palavra de pessoas com quem havia convivido durante algum tempo. Ele queria ver e tocar, para saber que não era uma ilusão coletiva, ou mesmo um engodo de outro homem fazendo-se passar por Jesus.
      Noutra situação, Maria agiu diferente, mesmo sem ver, acreditou que as palavras de Deus se cumpririam, por isso foi abençoada. Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor. (Lucas 1.45).
      Ainda hoje pessoas são infelizes porque são incapazes de crer sem as provas. Elas exigem experimentar, tocar e ver, para poder crer. É interessante que elas não exigem isso para crer em outras verdades. Exemplo: não viram o passado, mas acreditam no que lhes contaram. Não viram seus pais concebendo-as, mas acreditam no testemunho deles de que são seus pais. Não viram os portugueses descobrindo o Brasil, mas acreditam nisso. Mas, quando se trata de crer na palavra de Deus, elas exigem evidências tangíveis. Assim, deixam de desfrutar a felicidade que esta fé pode lhes proporcionar.
      Esta fé é resultado da graça de Deus. Jesus não tinha nenhuma obrigação de dar evidências visíveis para Tomé. Pois, já havia dito que iria morrer e ressuscitar (Mateus 16.21; 17.22,23; 27.63). Deus já havia dado a Tomé demonstrações suficientes de que a palavra de Jesus era verdadeira, pois vários milagres já haviam sido realizados, inclusive ressurreições. Mesmo assim Jesus fornece a prova que Tomé exigia, foi uma manifestação de graça. Mas crer sem ver também é resultado da graça de Deus. Jesus disse para Pedro que ele havia crido por causa de uma revelação do Pai, e não por causa das capacidades ou méritos dele (Mt 16.17). Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Felicidade começa com fé, porque sinaliza a graça de Deus sobre os que creem.
      A fé que traz a felicidade não é uma fé vaga, ela tem um conteúdo bem definido. É a fé que aceita Jesus como Senhor e Deus. Tomé, após ouvir Jesus, reconhece quem de fato Jesus é; Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! (João 20.28). Pedro também manifestou sua fé abençoada numa confissão que demonstrava a verdade sobre Jesus: Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mateus 16.16).
      Muitas pessoas crêem em Jesus, mas ainda são infelizes, porque o Jesus que elas crêem não é o Jesus da Bíblia. É o Jesus da imaginação delas ou o Jesus que o mundo inventou. O Jesus curandeiro, o menino Jesus impotente nos braços de Maria, o Jesus ainda pendurado na cruz, o Jesus apenas um grande profeta, ou mestre, ou até espírito iluminado, ou ainda o Jesus meu empregado para fazer as minhas vontades. Mas não aceitam o Jesus que é Deus e meu e também teu Senhor, como diz o hino.
      E por último, a fé que traz felicidade tem como alicerce o testemunho das Escrituras. O comentário inspirado que o evangelista João faz nos versos 30 e 31 aponta para esta verdade: Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. O que foi escrito tem como propósito nos levar a crer em Jesus como o Filho de Deus, e também o Escolhido e Ungido por Deus para nos salvar. Esta crença vai nos dar vida, ela nos fará felizes, porque felicidade começa com fé.

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