"Quanto
ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é
justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há
alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." (Filipenses 4 : 8)
“Quem não tem pecado atire a primeira pedra...”(Jo 8-7), disse
Jesus a um grupo de fariseus que queriam fazer justiça coma as mãos à uma
mulher pega em adultério.
Por vezes nós temos feito o papel do nosso inimigo, servindo de
acusadores de nossos irmãos. Procuramos defeito em tudo no outro. Cabelo,
roupa, forma de andar, de falar, como cuida do carro, músicas que gosta e nós
sem perceber passamos a ser os “inquisidores dos nossos irmãos”. Paulo foi bem
claro na sua carta aos Coríntos: “ ...portanto julgue o homem a si mesmo...”
Quando não bastante, nós fazemos isso com a Igreja, acreditando
termos nomeação Divina para defendê-la, apontar réus e até condenar culpados.
Por vezes ficamos de olho nas congregações que deveriam ser “irmãs” e em Cristo
de fato são, mas acreditamos no fundo que são inimigas. Criticamos as músicas
que cantam, como o pastor de lá prega, a forma como os irmãos se vestem e por
muitas vezes nós chegamos ao extremo de dizer que “não somos irmãos, daquelas
pessoas estranhas...”
Nossa natureza “exclusivista” , que passa a vida inteira excluindo
mais do que incluindo é contrário ao dizeres de Jesus, quando chama a todos
dizendo “...Vinde a mim...”. Os religiosos de plantão que atirem suas pedras,
mas não esqueçam dos seus próprios pecados, pois da mesma forma que julgarmos,
seremos julgados (Mat.7-2).
Nossa energia, nosso foco, nossos esforços, nossa luta tem que ser
outra. Lutamos não contra o irmão da igreja do lado que gosta de rock ou do
pastor que prega vestido de palhaço, lutamos contra o inferno, contra
principados e potestades que dominam este mundo. Buscamos a santidade pessoal,
na conduta, no caráter dia a dia, isso sim vai identificar que a Igreja é
Santa, não a sua capacidade de julgar o próximo. A Igreja já tem um Advogado,
que defende a Igreja e se chama Jesus Cristo de Nazaré, aquele que deu a sua
vida por amar o mundo, e o mundo neste caso não é o planeta terra, mas sim TODAS
as pessoas que vivem nele. Ora, se Jesus ama estas pessoas, aceita e diz a elas
vinde a mim, por que minha postura sempre é: “sai daqui”.
Eu acho lindo a multiforme sabedoria de Deus, que na sua infinita
grandeza e sabedoria, criou grupos na terra por afinidades, ou seja, eu convivo
com pessoas que comungam das mesmas afinidades que eu, mas amo e respeito meus
irmãos que não “curtem” o que eu “curto” e “curtem” coisas que eu não “curto”.
Olho para eles e digo do mesmo modo: “somos um em Cristo Jesus”.
“Ah, mas o pastor do lado está em pecado...”, “tem lá um irmãozinho que está em
adultério...,- “...sem falar que ouvi dizer que o tesoureiro está roubando as
ofertas..” , “...e ainda como se não bastasse, o filho do pastor é gay...” Se você foi comissionado pelo Senhor para ser
advogado dEle aqui na terra, então vá fundo meu irmão, até conseguir o que seu
coração quer: DESTRUIR SEU IRMÃO...mas pelo que me consta esta função de
“destruidor” não é de Deus e sim do diabo, pois o Deus que servimos veio para
que tenhamos VIDA em abundância.
Eu Sei que tenho defeito, mas eu me amo! Se você é Igreja do
Senhor, se ame com seus defeitos e qualidades e deixe que o Pai corrija aos
seus filhos, esta é função dEle, e não minha.
Deus nos abençoe e nos livre deste mal terrível, de ficar a todo
tempo acusando nossos irmãos.
Pr. Eduardo Bergsten.
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